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Ao longo de meio século, a obra de Spinoza tem sido objecto de um interesse continuamente renovado e de uma enorme variedade de interpretações, que a converteram numa das filosofias mais influentes no mundo contemporâneo. Da ontologia à neurologia, das ciências sociais às ciências da natureza, da ética ao direito, para já não falar da política, autores oriundos de saberes os mais diversos têm procurado dialogar com a obra do filósofo, nela encontrando inspiração abundante. Não admira, por isso, que um pouco por toda a parte se tenha multiplicado na comunidade científica os estudos consagrados a este judeu de origem portuguesa, em cuja obra sempre se reconheceu o génio e ao mesmo tempo a heterodoxia.
Voltar de novo a Spinoza, reflectir sobre a sua ontologia e a sua praxeologia, discutir a radicalidade da sua aproximação ao ser e ao agir, nas mais diversas modalidades em que estes se dão na natureza e na história, torna-se, pois, um desafio que é hoje, porventura, mais actual do que nunca. Conscientes dessa actualidade, investigadores do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e do Instituto de Filosofia da Linguagem, da Universidade Nova de Lisboa, em associação com o Seminario Spinoza, que reúne espinosistas de Espanha e Portugal, e com o Departamento de Filosofia da Universidade de Évora, promoveram a realização, nesta última cidade, a 28, 29 e 30 de Outubro de 2010, de uma conferência que contou com a participação de vários especialistas da obra do filósofo e académicos das universidades francesa, italiana, espanhola, brasileira e portuguesa.