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Alguns anos depois dos atentados de 11 de Setembro, um júri reúne-se em Manhattan para escolher o projeto vencedor de um memorial, a ser erigido no ground zero. Perante milhares de participações anónimas, o júri - constituído por artistas, académicos e a viúva de uma das vítimas - chega finalmente a acordo. Abrem o envelope selado que contém a identidade do vencedor. A perturbação é geral: o distinguido é um arquiteto muçulmano chamado Mohammad Khan.
O debate que se segue reacende discórdias presentes desde o início do processo de seleção. Ao questionar a legitimidade da dor, a ambiguidade da arte e o significado do Islão, o júri dá início a um conflito que rapidamente se estende ao país. As fugas de informação para os média colocam sob pressão não só os membros do júri - particularmente Claire Burwell, representante dos familiares das vítimas e inesperada apoiante do vencedor - mas o próprio Mohammad Khan, americano, sofisticado, ambicioso, e que se vê pela primeira vez confrontado com a sua herança cultural.
Uma luta entre fações, ou diferentes "Américas", na qual está latente a urgência de uma resposta à questão essencial: como manter viva a memória de uma tragédia?
Pontos amarelos no exterior das páginas.