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Cidades, vilas e aldeias destruídas, desaparecidas, evacuadas e deslocalizadas muitas houve no transcurso dos tempos, por razões várias. Mas não há memória, na História da Humanidade, de um caso semelhante ao de Mazagão.
Fundada por D. Manuel I, em 1514, na ampla baía e magnífico porto natural, já designado por Plínio Portum Rusibis, esta cidade-fortaleza lusa do Magrebe Setentrional será o último bastião português em Marrocos, até à evacuação da sua guarnição militar e da sua população para Lisboa, constituída por 425 famílias e 2 092 pessoas, embarcadas em 12 navios, em 11 de Março de 1769. Seis meses depois, esta gente seguirá de Belém do Tejo para Belém do Pará e daqui para a margem esquerda do estuário do Amazonas, onde irá fundar Vila Nova de Mazagão.
Através das fontes que se publicam (4 códices e 9 documentos avulsos) e do estudo que, em densa síntese, delas se faz, este livro pretende acompanhar e explicar a singular odisseia desta cidade em bolandas.