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Ao tentarem pôr ordem na casa do pai recém-falecido, Eric e a irmã, Inga, descobrem um bilhete de uma mulher desconhecida. Algo no teor desse bilhete indicia que um segredo do passado continuava a atormentar Lars. Erik vê na solução desse enigma o derradeiro acto de aproximação a um homem que nunca compreendeu, mas tanto a vida dele como a de Inga estão a atravessar fases muito complicadas. Inga, viúva de um escritor famoso, está disposta a tudo para defender a reputação do marido e reaproximar-se da filha, Sonia, terrivelmente marcada pela memória dos atentados do 11 de Setembro. Por seu lado, Erik materializa a sua própria solidão num mantra espontâneo que o embaraça mas em relação ao qual nada pode - "Sinto-me tão só", repete ele, mas poderiam ser todas as personagens desta Elegia a dizê-lo; nova-iorquinos solitários, perdidos no frenesim da grande metrópole, entregues aos seus segredos, memórias e sonhos, incapazes de qualquer acto de reconforto.
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