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Rodrigo Emílio [Lisboa, 1944 - Lisboa, 2004]
Poeta, crítico e polemista. Rodrigo Emílio de Alarcão Ribeiro de Melo, descende por linha paterna dos poetas Rodrigo Melo, Tomás Ribeiro Colaço e Tomás Ribeiro. Frequentou o curso de Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, partindo para Moçambique, em 1968, onde prestou serviço militar como alferes miliciano.
Em 1963, assinando Rodrigo de Mello (Filho), foi distinguido no concurso de manuscritos (poesia) do SNI com o original As Lágrimas Ancoradas à Sombra do Amor; em 1969, premiado nos Jogos Florais da Emissora Nacional, na modalidade de poesia lírica; e em 1974, a Academia das Ciências de Lisboa distinguiu os livros Primeira Colheita e A Segunda Cegueira com o Prémio General Casimiro Dantas, o qual não chegaria a ser entregue.
Para a RTP produziu os programas de poesia «Vestiram-se os Poetas de Soldados» (1971) e «Sobre a Terra e Sobre o Mar» (1972). Tem vasta colaboração em verso e em prosa dispersa por jornais e revistas (Diário de Notícias; A Voz; Época; Notícias, de Lourenço Marques; Correio do Minho; Notícias de Fafe; Ocidente; Gil Vicente; Raiz; Panorama; Itinerário).
A sátira política, o combate ideológico e o fervor patriótico dominam a temática da sua produção literária posterior a 1974, enquanto as primeiras composições poéticas de tonalidade lírica privilegiavam os temas do amor, da morte, da noite, da solidão e da infância. Organizou e prefaciou a antologia poética Vestiram-se os Poetas de Soldados, 1973, e está representado em antologias e obras colectivas: Commédia (1966), O Corpo da Pátria (1971) e Cancioneiro do Vinho Português (1978). - Centro de Documentação de Autores Portugueses