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É esta cidade fervilhante e os seus 10 mil operários (quem eram, como viviam, em que condições trabalhavam, o que os distinguia de outros proletários da época) que Jorge Morais nos traz de volta com um relato claro e afectuoso. Uma revisitação do que foi o Barreiro, um retrato nítido de quem criou a CUF e de como a sonhou grandiosa e eficiente, usando a cada passo as mais avançadas tecnologias e distinguindo os seus colaboradores, do topo à base, com cuidados e regalias sociais de vanguarda. Passados os anos tumultuosos, era urgente uma obra como esta, que fizesse renascer o Barreiro fabril do silêncio em que mergulhou. Cuidadosamente investigada, saborosamente redigida, esta Rua do Ácido Sulfúrico é um contributo imprescindível para a história social e económica do século xx português