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A estação de Ovar, no caminho de ferro do Norte, estava muito silenciosa, pelas seis horas da tarde, antes da chegada do comboio do Porto. A uma extremidade da plataforma, uma rapaz magro, de olhos grandes e melancólicos, a face toda branca da frialdade fina de Outubro, com uma das mãos metidas no bolso de um velho paletó cor de pinhão, a outra vergando contra o chão uma bengalinha envernizada, examinava o céu. (...)