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(...) Só raros que lhe conheciam a infância e os padecimentos poderiam entender essa estranha aversão a tudo quanto fossem armas, de algum modo ferramentas do ofício. Outros não. Ao princípio ouviu ainda uns risinhos, alguma chacota, mas a graça morreu uma noite na tasca do Ambrósio, quando o Tomé Caga d'Alto lhe chamou maricas. Chamou uma, chamou duas, Renato calado, a roda de espectadores numa galhofa desconfiada, ai que o gajo era maricas mesmo. À terceira foi o fim. Duas horas depois estava o Pacífico no xelindró, enquanto Tomé Caga d'Alto ingressava horizontal e feito em papas, no banco hospitalar. Só teve alta três meses depois e tão manso vinha que perdeu o direito à alcunha. (...)