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«Então não era óbvio que essa misteriosa Catarina (alguma nova alucinação de Tito?) ajudada pela mãe (que mãe?) é que tinha roubado o barco? Audaciano sabia que Marco Polo também sabia que só podiam ter sido aquelas bruxas, porque elas tinham visto, do alto da janela das persianas, o lugar exacto onde o filho o amarrara. Quando, a meio da noite ou já de manhã, se viram sem espaço para respirar muniram-se de instrumentos cortantes e lá foram nadando como puderam até ao barco. Cortaram-lhe a amarra. Salvaram-se. Lá se foram elas rio abaixo ou rio acima? Em certas zonas ia para um lado, noutras para outro. Iam à deriva. Tornar-se-iam ladras do rio? E não seriam já?» Este é um extracto do mais recente romance de Alexandre Pinheiro Torres, que mais uma vez nos encanta com o seu estilo inconfundível.