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As Aventuras de Tom Sawyer, publicado originalmente em 1876, é a personificação do rapazinho que cada criança quer ser: livre, aventureiro, moral e inteligente. Nascido no coração do Sul, no Missouri, Tom parece-se com o seu autor, Samuel Clemens (o verdadeiro nome de Mark Twain), quando novo: um rapaz incapaz de viver na rotina, espirituoso e possuidor de um forte sentido do bem e do mal. Tom é órfão, vive com a sua tia Polly e com os seus primos e adora faltar à escola para ir pescar. A sua tia faz o melhor que pode, tentando domesticá-lo, ao arrastá-lo para a igreja e ao punir as suas rebeliões.
Em várias tropelias e aventuras, Tom e os seus amigos procuram tesouros em casas assombradas, escondem-se numa ilha deserta e anseiam ser piratas e ladrões. E quando Tom e Huck visitam à noite um cemitério, pois acreditam que tal passeio é uma cura milagrosa para as verrugas, e testemunham um assassinato, não têm outro remédio senão fugir de St. Petersburgo.
“Mark Twain viaja até ao universo infantil recriando as brincadeiras e as travessuras dos miúdos. Mas não se esquece de reencontrar, por outro lado, a beleza e a ingenuidade que só uma criança pode ter. E Tom Sawyer, tal como o seu amigo Huck Finn, encarnam na perfeição essa ingenuidade: tudo neles é puro e espontâneo. Dos sentimentos que transparecem das suas atitudes, sempre repletas de nobreza e humanidade, até às suas crenças e superstições, algumas delas simplesmente hilariantes, os dois miúdos transformam-se em seres humanos ideais: imperfeitos, mas com bom coração.
A preocupação de Twain em enaltecer o que há de bom e puro no ser humano, isto é, nas crianças que ainda conservam na sua essência a bondade e a generosidade como valores maiores, de forma espontânea, é notória ao longo da obra.”