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E se a felicidade fosse uma doença?
Partindo desta ideia simples, Paulo José Miranda, no estilo torrencial a que nos habituou, e sempre tendo a ironia em pano de fundo, faz-nos reviver o estranho universos das relações, as amorosas e as familiares, mas também as científicas e filosóficas. Como se tudo não passasse de uma teia de aranha, que tanto mais aperta quanto nos tentamos soltar. Um ensaio mascarado de novela? Uma dissertação científica que finge ser testemunho memorialista? Tudo será possível, mas como acontece nos seus romances-deriva, o tema, no caso o sempiterno da felicidade, não voltará a ter o sabor gourmet, aquele valor sexy que lhe é atribuído a torto e a direito.