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Plano Nacional de Leitura
Leitura recomendada no 11.º ano de escolaridade.
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Os Maias encerra uma crónica de costumes, retratando, com rigor fotográfico e muito humor, a sociedade lisboeta da segunda metade do século XIX.
Trata-se da obra-prima de Eça de Queirós, publicada em 1888, e uma das mais importantes de toda a literatura portuguesa.
Vale principalmente pela linguagem em que está escrita e pela fina ironia com que o autor define os caracteres e apresenta as situações. É um romance realista (e naturalista), onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprios do enredo passional.
A obra ocupa-se da história de uma família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última geração e dando relevo aos amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria Eduarda.
Mas a história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país (a nível político e cultural) e à alta burguesia lisboeta oitocentista, por onde perpassa um humor (ora fino, ora satírico) que configura a derrota e o desengano de todas as personagens.
Livro em bastante bom estado de conservação geral.
Algumas marcas da passagem do tempo na margem das folhas, mas não no miolo (ver foto 2