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Miguel Sanabria, médico oncologista e professor universitário recém-reformado, vê a sua vida ser invadida por uma inquietação que rapidamente se tornará permanente e aflitiva. Entre Beatriz, esposa e fervorosa antichavista, e Antonio, irmão fiel ao radicalismo da revolução bolivariana, Sanabria está, tal como o país, encurralado e esmagado sob o peso de duas formas de vida. Quando de Cuba chega um telemóvel com vídeos surpreendentes dos últimos momentos do Comandante, o que fazer? «Que vida pode caber num telefone?» Hugo Chávez está doente, e arrastou consigo a Venezuela para a doença.
Em paralelo surgem histórias dentro da história, como a de María e Rodrigo, crianças que, na cidade mais perigosa do mundo, Caracas, se conhecem através de um computador e de uma ligação à Internet. Mas a todas é comum a mesma sensação de estranheza, um país que é uma incerteza perpétua, e, numa escrita de perfeito equilíbrio entre a tensão de virar a página e um olhar social clínico, Alberto Barrera Tyszka apresenta em Pátria ou Morte o retrato total da sociedade venezuelana, órfã do seu mito.
Críticas na imprensa
«Em Pátria ou Morte o autor entra completa e totalmente no terreno político. Tenta decifrar não apenas o mistério que envolveu a doença de Hugo Chávez, mas também a parafernália bastante escabrosa com que esta foi apresentada perante os cidadãos. A opacidade e o silêncio também têm os seus rituais de camuflagem.»
El País
«Trata-se de uma obra perspicaz, múltipla, onde os personagens tentam continuar com o seu quotidiano, pese embora a sensação apocalíptica que envolvia os venezuelanos durante os últimos dias da doença de Hugo Chávez, antes do seu falecimento a 5 de março de 2013.»
The New York Times
«Pátria ou Morte funciona como uma máquina demolidora do senso comum que nos diz - literariamente falando e numa brutal retrospetiva - duas coisas: no final nenhum homem deixa de ter medo e não há fenda que não possa ser fechada pela morte.»
La Nación
«Barrera Tyszka coloca o foco no humano para contar em Pátria ou Morte de que forma a violência e a dor de um país definem os venezuelanos de diferentes contextos.»
El Universal
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