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Filho de um médico judeu de renome, Arthur Schnitzler também estudou medicina na Universidade de Viena, tendo chegado a escrever uma tese sobre o tratamento hipnótico das neuroses; porém, foi à literatura que dedicou a vida. Romancista, contista e dramaturgo de excepção, viu reconhecidos os seus méritos literários nos anos 90 do século XIX, não sem controvérsia, como é costume com os que vão à frente no seu tempo. A ideologia nazi havia de proibir-lhe as obras, tanto na Alemanha como na Áustria.
"Afinal quem é que se interessa realmente por política? Ministros, diplomatas, gente da bolsa, príncipes, deputados, jornalistas, presidentes de bancos,... resumindo, os interessados no negócio. Sim, quando algures em nome da política há massacres e violações, então as outras pessoas também julgam que se interessam por política. Mas isso não passa de imaginação. Tire aos acontecimentos da futura história mundial o seu perfume enganador e o que é que sobra?... A filoxera."