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Em análise, neste trabalho, os jornais regionais portugueses cujo capital social é, directa ou indirectamente, detido pela Igreja Católica. Ou seja, como são, quem faz e quem lê os órgãos de comunicação social que, cobrindo o território de uma diocese e integrando um subsector - o da imprensa regional - com características únicas, são considerados caso ímpar no contexto europeu. E que, apesar de constituírem um leque desigual de realidades, possuem, no entanto, características comuns e definidoras.
De referir, designadamente, o facto do objectivo por eles visado não ser prioritariamente o financeiro; de serem maioritariamente dirigidos por padres; de tenderem a fazer hoje o que faziam ontem e anteontem; e de, em muitos casos, as suas tiragens e audiências ombrearem com a dos outros jornais locais. Além de que parecem preferir a apologética ao acontecimento; com base no argumento do rigor, cultivam um certo hermetismo, evitam o contraditório, são tentados a falar mais para os outros do que com os outros e tendem a confundir o discurso do altar com o discurso dos media. Com a curiosidade acrescida de, por vezes, concorrerem entre si e de ser diminuta a cooperação entre os diferentes títulos, consequência, porventura, de um certo espírito de capela que teima em resistir. Dito por outras palavras: fazem isoladamente o que não conseguem fazer em conjunto, nem talvez o desejem. Apesar de serem propriedade da mesma Igreja e de visarem objectivos comuns.
Igual a novo, sem assinaturas ou anotações.
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