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No limiar da civilização – há mais de 35000 anos – é possível que o homem de Cro-Magnon e o de Neanderthal tenham vivido ao mesmo tempo.
Esta é a saga da gente que deu a si própria o nome de Clã do Urso das Cavernas, de como viviam, dos animais que caçavam, dos poderosos tótemes que veneravam. Mas é, sobretudo, a história de Ayla, a rapariguinha que encontraram e criaram e que era diferente deles. Para o Clã, os seus cabelos louros, olhos azuis e pele clara tornam-na diferente, feia. E tem maneiras estranhas: ri, chora e consegue mesmo falar. Mas, mais ainda, esforça-se por ser coerente consigo própria e, com a sua avançada inteligência, sente curiosidade pelo mundo que a rodeia. Embora Ayla pertença claramente aos Outros, é criada pelos pais adoptivos, acarinhada pela maioria do Clã e gradualmente aceite no círculo familiar. Mas há quem pretenda expulsá-la devido às suas atitudes estranhas e que põem em causa as tradições do Clã.
Assim, o conflito entre o antigo Clã, ligado pela hereditariedade às suas tradições, e a rapariga que nele entrou, pertencente a uma raça mais recente destinada a alterar a face da Terra, nunca poderia ser resolvido. E é esta mesma luta que leva Ayla a aventurar-se onde nenhuma mulher do Clã alguma vez ousou ir. Levada pelo destino e pela vontade de sobreviver, Ayla quebra o tabu proibido...
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