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PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA DE 2004
Ela não bebe, não fuma, dorme ainda, aos 36 anos, na cama da mãe e adora ficar em casa.
De cada vez que os seus horários de professora de piano no Conservatório de Viena lho permitem, entretém-se porém a frequentar os “peep-shows” e outros espectáculos pornográficos. Quando um dos seus alunos se apaixona por ela, Erika Kohut apenas tem para lhe oferecer uma relação sado-masoquista, onde se joga à luz dos dias de hoje a velha relação entre o escravo e o senhor.
Cruel, feroz e ao mesmo tempo de um cómico irrestível, A Pianista não poupa as veneráveis instituições da sociedade burguesa e põe a nu os labirintos do sexo e das suas nevroses.