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Nascido pouco antes da Revolução Francesa, cujas consequências marcaram de forma indelével as vidas quer dos membros das casas reais europeias quer das populações da Europa e do Novo Mundo, D. Pedro Carlos de Bourbon e Bragança, infante de Espanha e de Portugal, filho de D. Mariana Vitória de Bragança e de D. Gabriel de Bourbon e Saxe, foi o primeiro neto de D. Maria I e de D. Pedro III e teve como avós paternos Carlos III e Maria Amália de Saxe. Órfão aos dois anos e meio, chegou à corte portuguesa para uma visita, em 1789, embora, então, se vislumbrasse a possibilidade de vir a ser herdeiro do trono de Portugal, caso os príncipes do Brasil não tivessem descendência. A visita de D. Pedro Carlos passou a uma estada permanente, de tal modo que o resto da curta vida do infante, que não chegou a completar 26 anos, foi com a família materna, sendo especialmente próximo do príncipe regente, mais tarde D. João VI, seu tio e depois sogro, uma vez que veio a casar, no Rio de Janeiro, em 1810, com a princesa D. Maria Teresa de Bragança. Em 1807, vivendo-se um período de tensão entre Portugal e Espanha, acompanhou a corte portuguesa para o Brasil, onde viveu até à sua morte em 1812, tendo deixado um filho, o infante D. Sebastião Gabriel.
«D. Pedro Carlos de Bourbon e Bragança, nascido em Espanha, criado em Portugal e falecido no Brasil, viveu numa época conturbada marcada pela Revolução Francesa e pelo avanço napoleónico, foi um dos protagonistas do primeiro casamento de um membro da realeza no Rio de Janeiro, pai do primeiro infante a nascer na América e igualmente o primeiro membro da casa real a perecer nessa parte do império português.»