Gretta

Gretta foi minha terceira incursão na selva da mente de Erskine Caldwell. Os dois primeiros foram God’s Little Acre e Tobacco Road. Como nunca tinha ouvido falar de Gretta, não sabia o que esperar.

Não sou um crítico literário - e qualquer leitor desta crítica deve saber disso (se já não for óbvio). Mas não ser um crítico literário me permite arriscar e fazer grandes pronunciamentos. Meu “grande pronunciamento” neste caso é que Erskine Caldwell é um dos escritores menos celebrados do cânone da Literatura Ocidental.

Comecei a trabalhar com Gretta ontem à tarde; Eu terminei em uma sessão. Sim, é muito bom.

Erskine Caldwell foi, em sua época, um personagem controverso. Ele esnobou o estabelecimento literário, e eles o esnobaram em troca. God’s Little Acre, no mínimo, foi inicialmente banido por causa de seu conteúdo. Isso, é claro, tornou o livro imediatamente desejável. Podemos presumir que Erskine Caldwell não caiu, pelo menos, vítima da penúria.

Que eu saiba, não há nenhum outro personagem na literatura americana que eu possa comparar ao personagem de quem este livro recebeu o título. Mildred de W. Somerset Maugham (em Of Human Bondage) tem alguma semelhança. Mas o livro de Maugham é menos sobre a protagonista feminina do que sobre o protagonista masculino (Philip Carey). Além disso, Mildred é desagradável em todos os aspectos, enquanto Gretta é exatamente o contrário.

Se um único incidente na juventude de uma garota pode determinar seu destino ao longo da vida - e eu acredito que pode - o incidente e a garota em questão são seus para a leitura. Seu desafio é simplesmente encontrar uma cópia deste livro. Seu desafio - se o desenvolvimento do personagem é importante para você como leitor ou escritor - é encontrar e ler todos os livros de Erskine Caldwell. Pelo meu dinheiro, ninguém faz isso (ou seja, o desenvolvimento do personagem) melhor.