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Esta narrativa apresenta, logo no início, o abade de Espinho, Leonardo Botelho de Queiroz, um padre despótico, influente e próspero, que vive amancebado com Clementina Pimentel, uma fidalga com quem fugira na juventude e que lhe dera duas filhas, que ele se negou a perfilhar no baptismo.
Quer por força casá-las com os sobrinhos da sua companheira, para se vingar da afronta e desdém com que a altiva família Pimentel (agora falida e desejosa de dotes) o tratara no passado.
Eugénia, morena, risonha e de olhos negros e vivos, agradada do primo noivo e desejosa de sair da alçada paterna, obedece de boa vontade.
Por seu lado, Ricardina, alva, de olhos estáticos e ar melancólico, carácter nobre, rejeita a decisão indigna do pai, defendendo, de forma determinada, o seu amor por um jovem de origem humilde, Bernardo Moniz, estudante de Direito e pintor amador, preferindo, nessa impossibilidade, recolher-se a um convento em Lamego, onde a sua mãe se lhe junta, para fúria do abade.