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É um romance do período mais intenso da resistência italiana, o que se seguiu a setembro de 1943, em Milão. Lembra irresistivelmente, pelo conflito e pelo clima, certos grandes filmes do cinema italiano - "Libertação", "Roma Cidade Aberta".
Acção e sentimento obedecem a uma paixão única: a luta patriótica, obstinada, fatal, a que se dedicavam operários e intelectuais, jovens e velhos. Milão, a própria cidade, também dominada e tida como refém, respira, vive e sofre na mesma paixão.
Toda esta vida intensa e leal é narrada por um cronista de costumes ou de anedota, mas vista e recreada no próprio âmago da acção por um poeta, por um homem que participa do combate e que perscruta os sentimentos dos seus personagens e companheiros com um olhar ardente, quase alucinado.
E é essa humanidade e poesia que, ultrapassando os limites da luta desesperada e sem quartel, provoca uma saturação da acção e une por um sentimento de solidariedade o homem ao homem, para além do ódio e da vingança.