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No pacato lugar do Curral das Freiras, Catarina é violada por um homem, que não consegue identificar. Com o marido emigrado há anos, sem dar qualquer notícia, é avassalada pelo pânico de uma gravidez, que esconde de todos. Nove meses depois, apresenta à família e aos vizinhos, a menina, que diz ter ido buscar a um orfanato, na cidade.
A criança cresce feliz e tranquila, desconhecendo a sua origem. Assim que surge uma oportunidade, Germana, aos 15 anos, sai de casa e vai trabalhar para a quinta do Dragoeiro, onde irá pela primeira vez ver o mar e conhecer um novo sentimento: o ardor da paixão...
Mas, a situação complica-se quando começa a ouvir vozes, que lhe ordenam, que deverá ir ao lago da quinta pescar sereias. Delírios e alucinações intensificam-se, até ser internada num hospital psiquiátrico.
É o ano de 1906, em que o manicómio é tudo, menos um lugar seguro. É fechada numa cela, suja e escura. O seu futuro é acorrentado. Como é possível ser abandonada por um amor, que julgava eterno e que não acreditou na sua pesca de sereias...?!
Para sobreviver, escreve o diário das suas angústias e agruras, sempre à procura da liberdade…