A Guerra das Bananas

Graças aos seus capitais imensos e ao espírito de iniciativa dos seus dirigentes, a Unitd Fruit Company, conseguia criar nos pequenos Estados da América Central, de estrutura anacrónicamente feudal, um autêntico e poderosíssimo império que tanto mais solidamente se firmou quanto a sua defesa assenta, não em qualquer força armada, mas sim na influência exercida junto dos diversos governos daqueles Estados e, mais ainda, nos milhares de empregos que proporciona aos índios que constituem a grande massa populacional dos países em causa: Acresce ainda o facto, que mais vem consolidar a sua posição, de a United poder pagar salários que, reduzidíssimos embora, são nitidamente superiores aos que são pagos, e,m média pelos patrões locais.
Assim não admira que tudo caminhe aparentemente bem, a despeito do mal-estar e das aspirações de uma população de baixíssimo nível de vida. Mas eis que o presidente Arbenz, chefe do Governo da Guatemala, pretende favorecer essas aspirações e ousa fazer frente ao colosso. Então as hostilidades desencadeiam-se...e é a guerra - a guerra das bananas, que coloca frente a frente, e um lado, um oficial exilado apoiado pela companhia, e, do outro, esse incorrigível idealista que é o presidente Arbenz, apoiado, por sua vez, pela massa anárquica do povo indígena!