Guilherme Pinto Sou Político

Sem pretender ser uma peça literária, este texto vale, sobretudo, pela reflexão feita e pelo estudo das matérias abordadas pelo autor e pela generosidade manifestada nas sugestões apontadas para combater a crise.

Procurou-se ser fiel ao pensamento de Guilherme Pinto, mantendo todas as suas ideias mais estruturantes a par da oralidade própria.

Autarca defende a participação ativa dos cidadãos e um contrato social de confiança.
Alguém que se afirma como político já começa a ser uma raridade. O Guilherme Pinto é um político frontal, referiu o Prof. Olímpio Castilho, presidente do ISCAP- Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, quando apresentou Sou político escrito pelo Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos.

No prefácio que assina, José Sócrates afirma que a liderança política sempre se impôs através de uma visão mobilizadora, não através da resignação.  O dever do político é dizer o que se pode e deve fazer, não é explicar porque é que não se deve fazer nada. A retórica da futilidade convida a inação, a descrença, a expiação. A ação política esclarecida, principalmente nos momentos difíceis, exige confiança, decisão, vontade

Autor:

Falecido no dia 8 de janeiro de 2017, Guilherme Manuel Lopes Pinto teve a ousadia de pretender libertar Matosinhos dos preconceitos e dos estigmas, tendo pautado a sua atuação enquanto presidente da Câmara Municipal de Matosinhos pelo objetivo de conferir à cidade e ao concelho uma faceta moderna, inovadora, cosmopolita e criativa, sem esquecer as obrigações fundamentais da autarquia nos setores da Educação, da Habitação, da Ação Social ou da promoção do Desporto.

O presidente Guilherme Pinto, precocemente falecido aos 57 anos, ficará na memória e na história de Matosinhos como um dos seus filhos mais brilhantes e um presidente de câmara que foi capaz de inovar na gestão da coisa pública, modernizando o concelho e dedicando-se-lhe de modo incansável até ao último dia de vida  e, deste modo, conquistando um imenso capital de admiração e respeito entre os seus pares, a população e a classe política nacional.

Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi professor do ensino secundário e advogado, tendo militado ativamente na Juventude Socialista antes da sua eleição como deputado na Assembleia da República pelo ciclo do Porto. 

Pelo contributo decisivo que deu para a afirmação nacional e internacional da cidade de Matosinhos, pelo exemplo de otimismo e de dedicação ao concelho, pela combatividade e pelo elevado sentido cívico pelo qual sempre pautou a sua atuação política e pela forma como foi, reconhecidamente, capaz de inovar na prática da função autárquica em Portugal, o município de Matosinhos atribuiu a Medalha de Honra Grau Ouro (a título póstumo) a Guilherme Manuel Lopes Pinto, conferindo-lhe também o título de cidadão honorário.