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E o talento de Hubert Von Breisky para evocacionar ambientes e situar personagens que fez dele um dos mais lidos romancistas, em Portugal (quer na Metrópole, quer no Ultramar). Alemão muitos anos radicado em Portugal - Bresky morreu vitíma de um desatre automóvel, o autor de O Colosso e A Grande Calema alardeia uma extraordinária faculdade analítica que lhe permite penetrar profundamente nas mais variadas situações e resolver, com acerto, os mais complicados problemas humanos. Se O Colosso a acção se desenvolve num Moçambique autentico e vivo e A Grande Calema é Angola e as gentes que lá se entrechocam os motivos da sua afirmação de ficcionista, Breisky dá-nos em Paraíso A Beira do Inferno o fresco animado da Indochina. Dialéctica concreta: ao paraíso corresponde o Camboja - cuja paz sobressai violenta no tumulto do Sueste Asiático; ao inferno, o eterno Vietname, vítima escolhida do horror, do interesse, do gosto da tirania. Estranahmente, as personagens agigamtam-se porque cabem na grandeza do meio em que se movem, no peso da cultura ancestral que ressuma das velhas pedras dos templos, no ímpeto cruel do modo de viver euro-americano. Hubert Von Breisky revela-nos uma surpresa, como só ele é capaz de fazer: torna-nos concidadãos dos seus romances, camaradas das suas personegens, naturais dos lugares que, brilhantemente, nos descreve.
Título: O Paraíso À Beira do Inferno
Autor: Hubert Von Breisky
Tradução: Margarida Teles
Editora: Livraria Bertrand
Páginas:382