Um Homem Parado No Inverno de Baptista Bastos

Romance de uma desilusão e, também, invocação de um desejo de mudança, este livro recebeu críticas entusiásticas em Portugal e no estrangeiro. Em "La Stampa", Aldo Cecchi Cardarelli escreveu: "Um extraordinário narrador europeu e um texto singularmente inovador". Em "El País" foi dito: "Um romance perturbador". E Mário Cláudio acentuou: "Um paradigma de sabedoria narrativa, dessa a que muito poucos detêm o acesso, que só os deuses concedem". O leitor tem pois entre mãos um dos grandes romances da literatura portuguesa contemporânea, de um autor a quem Maria Estela Guedes chamou "um clássico do nosso tempo".

Autor:

Nascido em Lisboa, em 1934, e faleceu em maio de 2017, também na capital.
Jornalista de profissão, como ficcionista tem-se distinguido por uma estética que, na esteira do neorealismo, evoluiu para a representação da cidade e dos seus problemas, na procura de formas de estar no mundo, numa escrita poeticamente fragmentária que, evidenciando a influência de Raul Brandão, se caracteriza pela dissolução dos materiais da ficção e pela fusão entre o domínio onírico e o domínio social.
Bibliografia: As Palavras dos Outros, 1969; Cidade Diária, Lisboa, 1972; Capitão de Médio Curso, Lisboa, 1977; Caminho e Outros Poemas, s/l, 1951; O Secreto Adeus, Lisboa, 1963; O Passo da Serpente, Lisboa, 1965; Cão Velho Entre Flores, Lisboa, 1973; Viagens de um Pai e de um Filho pelas Ruas da Amargura, Lisboa, 1981 (posfácio de Óscar Lopes, na edição de 1986); Elegia para um Caixão Vazio, Lisboa, 1984; A Colina de Cristal, Lisboa, 1987; Um Homem Parado no Inverno, Lisboa, 1991; O Cavalo a Tinta-da-China, Lisboa, 1995; O Cinema na Polémica do Tempo, 1959; O Filme e o Realismo: sete ensaios em busca de uma expressão, Lisboa, 1963.