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O Historiador
O rigor e a pesquisa. Dois pontos cardeais numa visita ao passado que o historiador português completa pela edição de obras fundamentais sobre o nosso passado. Um passado que revivemos em cada novo volume. Uma viagem no tempo - e entre tempos.
O passado como matéria-prima. Vasculhando entre documentos, pesquisando entre arquivos e testemunhos, José Mattoso é hoje sumamente reconhecido como um dos mais prestigiados historiadores portugueses. Monge Beneditino até finais dos anos 70, apresenta a sua tese de Doutoramente na Universidade de Louvaine, na Bélgica, sobre «L'Abbaye de Pendora des origines a 1160». Temática que o lançava já na Idade Média - período em que se torna especialista. Considerando a Idade Média como a «idade de ouro do cristianismo» edita obras fundamentais para o contar (e refazer) da história de Portugal. «A Nobreza Medieval Portuguesa», «Religião e Cultura na Idade Média», «Portugal Medieval», «Identificação de um País. Ensaio sobre as origens de Portugal» e «Fragmentos de Composição Medieval» são alguns dos títulos a incluir na historiografia peninsular. Projecto maior, a «História de Portugal», editada pelo Círculo de Leitores em oito volumes, a partir de 1993, revista e aumentada para 16 volumes em 2006, esta obra reúne os melhores especialistas da nossa história. Da fundação de Portugal à entrada na CEE, Mattoso coordena uma equipa em que se destacam Luís Reis Torgal, João Roque, José Medeiros Ferreira, António Manuel Hespanha, Rui Ramos, Fernando Rosas e Joaquim Romero de Magalhães. Em 1996 publica «O Reino dos Mortos na Idade Peninsular». Em 2001, aquando das comemorações dos 30 anos do Círculo de Leitores, inicia-se a edição das «Obras Completas de José Mattoso». Uma edição em doze volumes (quatro dos quais inéditos). Colecção revista e reescrita pelo autor que afirma "encerrar os seus estudos e pesquisas científicas" com a lucidez e rigor a que sempre se obrigou.
Professor catedrático na Universidade Nova de Lisboa e Director do Instituto de Arquivos Nacionais na Torre do Tombo até 1998, o historiador partiu recentemente para Timor Loro Sae para se dedicar à recolha de história oral deste povo e para colaborar na organização de um arquivo nacional. Da recolha de um fundamental acervo documental resultou a recente edição de «Dignidade - Konis Santana e a Resistência Timorense». Tendo obtido o Prémio Alfredo Pimenta de História Medieval (1986), o Prémio de Ensaio Pen Club (1986), o Prémio Pessoa (1987) e o Prémio Internacional de Genealogia Bohüs Szögyeny (1991), Mattoso contribuiu - e contribui - de forma inegável para a actualização e recolha de informação inédita sobre a nossa história. Este ano foi mesmo distinguido com o prémio Troféu Latino, atribuído pela União Latina pelo seu contributo "para o conhecimento da identidade portuguesa e das raízes da Europa, com relevo para a sua componente latina".