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A fúria inspirou a escritora e poeta libanesa Joumana Haddad a criar a primeira revista erótica do mundo árabe. A visão que o Ocidente tem da mulher árabe parece-lhe terrível, e a imagem transmitida pela maioria das mulheres do Médio Oriente, revoltante.
Na carta dirigida ao caro ocidental que abre este livro, a autora previne: "Se vem aqui em busca de verdades que supõe já saber e de provas que acredita já ter; se alimenta a esperança de ser reconfortado nas suas visões orientalistas, ou de ver reconfirmados os seus preconceitos anti árabes; se espera ouvir a cantilena interminável do choque de civilizações, é melhor parar já. Porque, neste livro, vou fazer tudo o que puder para o ‘desapontar’".
Eu Matei Xerazade, desafia as ideias-feitas sobre a feminilidade árabe e, ao fazê-lo, esmaga o antiquíssimo estereótipo de Xerazade, a virginal heroína que passou Mil e Uma Noites a seduzir o rei para que ele não a matasse.
Ardente e desassombrado, este ensaio poético e provocador onde a reflexão se cruza com as memórias da infância e da adolescência da autora, precoce leitora do Marquês de Sade que cresceu em Beirute em plena guerra, é um vendaval que vem revolucionar o pensamento contemporâneo sobre as questões de género.