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Todas as famílias têm o seu elemento estranho, o membro que parece não se encaixar com o mundo. Nesta brilhante equiparação da história familiar com a história da civilização, John Vernon descobre as fontes extraordinárias das coisas vulgares da vida do seu irmão Paul, que vivia como um recluso.
Quando Paul morreu e John teve de tratar das suas coisas, descobriu uma vida da qual nunca suspeitara. A casa do seu irmão no Sul de New Hampshire encontrava-se num estado miserável: atulhada com lixo de uma vida inteira, sem aquecimento e a cair, praticamente inabitável. Empregado fabril e inventor nas horas vagas, Paul conseguira manter o seu triste e estranho mundo escondido da família e amigos.
A história desta alma atormentada é simultaneamente fascinante e trágica. E mais: implora por razões. Por que motivo uma infância cheia de promessas veio desembocar naquilo? Porque enchemos a nossa vida de coisas? Como fazemos e compreendemos o nosso mundo? Vernon procura resposta nos locais mais inesperados. A compra de um martelo inspira uma pequena história sobre ferramentas, o velório de Paul uma investigação sobre embalsamentos, e a limpeza da sua casa faz surgir sobre aquecimento central e a domesticação de ambientes - tudo numa tentativa de compreender uma vida que deixou atrás de si destroços vulgares e não monumentos esplêndidos.
O resultado é um livro de razões: razões para o modo de vida do irmão, razões para a sua própria resposta à morte de Paul.
Com um grande poder narrativo, Vernon liga a história de um indivíduo único às surpreendentes e irregulares alterações da história. No processo, descobre de que forma as razões nos permitem não só compreender melhor o mundo e os seus mistérios como também aceitar o que não pode ser explicado.