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«O tempo não é uma linha, e sim uma dimensão. Não se olha para trás ao longo do tempo, olha-se para baixo, através dele, como quem olha através da água. Às vezes, vem isto à superfície, de outras vezes, aquilo, por vezes, nada. Nada se vai embora.» A primeira retrospetiva da sua obra proporciona a Elaine Risley, uma artista envolta numa aura de polémica, um reencontro com a geografia física e humana da sua infância e juventude, numa Toronto que não reconhece, e insta-a a explorar os caminhos delicados da memória e da forja da sua personalidade. Através de descrições vívidas de obras de arte, do poder da evocação dos episódios retrospetivos e da presença do toque de um pincel autobiográfico, Margaret Atwood oferece-nos um romance de formação magnífico, no qual um berlinde olho de gato gira e volta a girar num equilíbrio tão precário como a vida de uma mulher — que um dia foi criança. Perturbador, se bem que não isento de humor, íntimo e mordaz, Olho de Gato revela uma escritora em permanente estado de graça.