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«Um livro de compaixão.»
António Cabrita, Expresso, Cartaz
Um livro pungente, do criador do comissário Maigret, escrito três anos após a morte da sua mãe. Simenon confessa a incompreensão de uma mãe e de um filho, que acabaram por nunca conseguir amar-se.
Já num livro anterior, “Pedigree”, o escritor fizera o retrato de uma mãe dominadora em “Carta para Minha Mãe” relata alguns episódios que o marcaram, como quando a mãe, ao falar da morte do irmão mais novo de Simenon, diz: “Que pena que tenha sido ele a morrer!” ou quando ela lhe devolve todo o dinheiro que ele lhe foi dando durante cinquenta anos para a ajudar.