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Neste livro, José Barata-Moura, situando-se no campo da filosofia, aborda alguns itinerários do idealismo contemporâneo, procurando surpreender aquela que é talvez a sua tendência actual mais significativa: a de ir empreendendo um progressivo encaminhamento do terreno representativo da consciência egóica para o terreno da prática intersubjectiva.
Daí o título: Da Representação à «Práxis». Daí também as articulações emblematicamente surpreendíveis no percurso que se desenha de Kant a Merleau-Ponty, passando por Heidegger.
O criticismo transcendental kantiano é assumidamente um idealismo da representação. Heidegger não pretende assumir-se nem como idealista nem como filósofo submetido ao paradigma da representação. Merleau-Ponty, sem ao nível dos supostos escapar ao idealismo, pretende no entanto fugir-lhe mediante a atribuição a uma «práxis» – cuja determinação efectiva é aqui investigada – de uma dada função na constituição fenomenológica bem como um certo contorno «comunicativo» de natureza intersubjectiva.