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Depois de três livros em que reúne crónicas, memórias e entrevistas, além de textos incluídos em coletâneas, o escritor e jornalista Edney Silvestre constrói uma trama arrebatadora e comovente, repleta de referências a um dos momentos mais importantes do cenário político e cultural do Brasil e do mundo. Ao transitar por géneros tão distintos quanto o policial, o histórico e o romance de formação, Se eu fechar os olhos agora é uma leitura vertiginosa, que retrata a essência da sociedade brasileira.
Dois meninos, Eduardo e Paulo, encontram o corpo de uma linda mulher, morta e mutilada às margens de um lago, numa pequena cidade da antiga região produtora de café do interior do Rio de Janeiro. a brutalidade do assassinato, a indiferença da polícia e a falta de lógica da explicação oficial para o crime intrigam os meninos que iniciam uma investigação, à qual se une Ubiratan, um misterioso ex-preso político da ditadura do Presidente Vargas.
Dele, ouvem um aviso que marca o começo de um turbilhão de acontecimentos: Nada neste país é o que parece. Em pouco tempo, num terrível caminho de amadurecimento e chegada à vida adulta, percebem que a morta tem uma estranha ligação com os homens mais importantes da cidade e um passado nebuloso, repleto de mistérios e contradições. A investigação de Paulo e Eduardo desvendará ainda um perverso painel em que a violência sexual, o racismo, a corrupção e as espúrias alianças políticas se misturam.
Agora este grande romance de sucesso retorna à Portugal numa nova edição, com prefácio do escritor, tradutor, jornalista, editor, realizador de cinema e televisão Luís Filipe Sarmento.