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Ela denunciou a devassidão dos líderes religiosos do Irão. Eles encontraram uma forma de a calar...
Jornalista ousada, Camelia usava o seu talento para cobrir a actualidade do Irão pós-revolucionário nos jornais reformistas do país. A coragem com que sempre desempenhara um papel activo na vida cultural de uma nação tomada de assalto pelo extremismo religioso granjeou-lhe inimigos e conduziu-a à prisão. Em Towhid, a violência física e psicológica a que é sujeita coloca-a face a uma terrível decisão: para sobreviver, terá de se entregar ao chefe dos seus brutais interrogadores.
Uma relação perigosa e humilhante, durante a qual Camelia se vê obrigada a trair os amigos e a família, a servir o governo iraniano e a ceder a todos os caprichos de um homem dissoluto e poderoso.
Camelia Entekhabifard nasceu em Teerão (Irão), em 1973. Jornalista, poetisa e escritora, cresceu durante os anos da Revolução Islâmica e escreveu para os principais jornais reformistas sobre temas controversos, até ser presa em 1999. Libertada sob a condição de trabalhar para o governo iraniano, fugiu para os Estados Unidos, escrevendo para diversos órgãos de comunicação ocidentais, como as agências noticiosas Associated Press e Reuters e revistas como o The Village Voice, sobre a actualidade iraniana e afegã. Actualmente, passa a maior parte do seu tempo em reportagem no Afeganistão.