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"Contava sempre aos cachopinhos, que sorviam as suas histórias como goles de vinho doce aquecido com mel e gema de ovo nas vésperas frias de Natal, o caso daquele filho cruel que esfaqueara a mãe para lhe retirar da camisa os magros tostões que ela ganhara com tanto esforço enquanto ele estava na taberna, e depois, enlouquecido, desatara a correr com o coração dela na mão.
- Depois tropeçou numa fraga, ficou de borco na terra, e o coração da mãe foi a rebolar por ali fora. Sabeis o que disse então o coração?
Cresciam de ansiedade os olhos atentos, redondos, dos meninos.
- Disse assim, muito baixinho, que já não lhe cresciam forças para mais: «Magoaste-te, meu filho?»"