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“Antero não concebeu a filosofia como uma actividade distinta dos seus efeitos práticos. Maria João Cabrita fez deste trânsito a coluna vertebral do seu ensaio e detectou a crescente afirmação do cariz monadológico da ontologia anteriana, indicando o pensador francês como o mediador do encontro natural de Antero com Leibniz. E este seu percurso foi feito para solucionar as dificuldades teóricas que, nos meados da década de 70, sentiu para integrar, superando-a, a representação do mundo e da vida construída por um uso ilegítimo das conclusões das ciências. As explicações por causalidade eficiente nunca poderiam saciar as perguntas cruciais, como as que, no seu interior, a consciência coloca ao universo e a si mesma: se tudo evolui, por que é e para onde evolui?” Fernando Catroga, do prefácio.