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O Rapaz do Pijama às Riscas é um romance que nos fala da força de uma amizade em tempos de guerra.
O livro conta a história de Bruno, filho de um comandante alemão que nada sabe acerca do que se está a viver na Europa, não sabe o clima de guerra que se vive nem as crueldades que estão a ser implementadas pelo seu povo contra os judeus.
Certo dia ele vê-se obrigado a mudar, juntamente com toda a família, para um sítio ao qual ele dá o nome de Acho- Vil (Auschwitz). Troca o luxo e a grande mansão que vive, por uma casa modesta numa zona desértica. Da janela desta sua casa nova ele vê uma vedação feita de arame farpado que rodeia uma área extremamente grande. Do lado de lá dessa vedação ele observa muitos homens e crianças, que têm em comum o uso de um pijama às riscas.
Curioso como é, Bruno decide explorar a zona da floresta que está em volta da sua nova casa, e após alguns kms percorridos encontra uma clareira onde é possível ver melhor o outro lado da vedação. É aí que conhece Shmuel, um menino que vive do outro lado da vedação, da mesma idade de Bruno e que usa o mesmo pijama às riscas.
Bruno estabelece com Shmuel uma relação de amizade que leva-nos a um discurso inocente e doce acerca das crueldades que ambos vivem. Descobrem que têm mais em comum do que em contrário.
O livro fundamenta as questões de amizade e a crueldade que os judeus viveram nesta altura. Apesar de já conhecer o livro e de saber o que iria encontrar neste livro, vi-me envolvida num discurso tão doce e inocente que me prendeu totalmente a enredo e aos acontecimentos.
Deliciei-me com a inocência de Bruno e com este espirito curioso que quer saber sempre mais do que aquilo que lhe contam.
Uma característica que gostei da narrativa foi o facto de Bruno não conseguir dizer algumas palavras com a pronúncia correta e criar novas palavras perante isso, temos o caso do Füher a quem ele chama Fúria e Auschwitz a quem ele passa a chamar Acho-Vil.
O estabelecimento de amizade entre as duas crianças é fantástico, Bruno é incapaz de criar preconceitos face ao novo amigo e inveja-o pelo facto de ter crianças do seu lado da vedação e de ele ter sido castigado e estar sozinho do seu lado da vedação.
Um livro simples e pequeno que se lê rápido e que nos prende à história desde a primeira página. Recomendo o livro pela sinceridade e inocência que retrata os aspectos mais negros da nossa história mundial.
Boas leituras e boas reflexões!