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No paraíso laboral da Rússia estalinista, o crime não pode existir.
Os cidadãos leais e esforçados verão todas as suas necessidades satisfeitas pelo Estado, tornando o crime desnecessário. A única exceção é o crime político, e o oficial da MGB (Segurança do Estado) Leo Demidov dedica muitas horas de trabalho à detenção e encarceramento de transgressores na temida prisão de Lubyanka. Profundamente patriota, mas desejando assegurar as vantagens da sua posição, Leo sabe que muitas das pessoas que detém são inocentes, e sabe que pode conhecer um destino semelhante. O que quase lhe acontece quando a política interna da MGB impõe a sua despromoção, transferindo-o para a milícia de uma pequena cidade centenas de quilómetros a leste de Moscovo. É aí que descobre que um assassino em série ameaça as crianças das cidades ao longo da linha do Transiberiano. Tendo perdido quase tudo, Leo procura a redenção na caça ao assassino, mas os seus esforços tornam-no um inimigo do Estado, pois reconhecer a possibilidade da existência de um assassino em série na URSS equivale a traição. A Criança N. 44 personifica poderosamente os horrores orwellianos da vida na Rússia de Estaline.