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A adopção tem a ver com a infância, com o sentimento de pertença a uma família, com as mais antigas imagens de satisfação e insatisfação, de bons e maus pais, quer dizer, com a mais funda raíz daquilo que cada um de nós pode pensar do bem-estar, do amor e da felicidade. Quando se fala a sério da infância ninguém fica neutro. Ela interpela-nos incessantemente.
Uma escrita directa, simples, recorrendo à curta descrição de casos paradigmáticos, respondendo a cada questão concreta, torna este livro próximo de todos quantos pensaram um minuto que fosse sobre a adopção, cada um de nós, as famílias ou todos os outros intervenientes em processos de adopção, incluindo os magistrados.
Segundo o crítico Dr. José Martinho, João Seabra Diniz "recorre à noção freudiana de 'romance familiar', sugerindo que a adopção é uma fantasia normal, frequente, quase universal porque os melhores pais são sempre pais adoptivos, no sentido de que têm capacidade de traduzir psiquicamente aquilo que, de outro modo, seria uma dependência cromossomática, incapaz por si só de gerar amor, promover a esperança, conter o sofrimento mental e ensinar a pensar".
João Seabra Diniz tem estado integrado no trabalho que a Santa Casa da Misericórdia tem desenvolvido nesta área levantando questões de ordem psicológica, social e jurídica, para além de todas as interrogações sobre o que é ser criança, ser mãe ou ser pai.
Esgotado na Wook e Fnac.