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Quando numa tarde abafada aceitou o convite do Governador-geral da Índia para acompanhá- lo a Zanzibar, Shah de Sousa não imaginava o que o futuro lhe reservava. Não sabia que o destino o arrancava de Nova Goa para arrebatá-lo num turbilhão de encontros e desencontros, que nem o mais dotado oráculo poderia pressagiar. Estava longe de imaginar que o percurso iniciado, o faria trilhar um caminho repleto de sentimentos e lugares que se agarravam à pele, tatuando-a de maresia. Flores de Pedra constitui um inusitado retrato da sociedade colonial portuguesa, entre a passagem do fin de siècle e os années folies da década de 1920, que traça um paralelo entre as vivências mundanas da capital do império e a atmosfera plácida das possessões além-mar. É com uma história feita de sombra e luz e que vagueia por entre a arte e a viagem que, de forma singular e diáfana, Maria João Castro inaugura a sua incursão no romance.