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Em Maio de 1940 a França é invadida pelas tropas nazis. Ao Sudoeste do país acorrem multidões de refugiados. A salvação seria atravessar a fronteira com Espanha. Mas isso só é possível com visto para Portugal. O cônsul português em Bruxelas, Aristides de Sousa Mendes, contrariando ordens de Salazar, passa milhares de vistos, salvando outros tantos seres humanos de uma morte certa.
Em Bordéus, a História prendeu Sousa Mendes nas suas garras. O seu destino passou a estar inelutavelmente ligado ao destino colectivo de dezenas de milhares de pessoas desesperadas. Ele foi o homem certo no lugar certo no momento certo. Aquilo que alguns poderiam considerar como defeitos de personalidade num diplomata — a sua natureza demasiado emotiva e o seu carácter impulsivo — tornaram-se forças motoras do seu heroísmo. Salvou milhares de pessoas de um destino trágico. E pagou isso com a sua tragédia pessoal.
Rui Afonso