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Praça da Canção, de Manuel Alegre, há muito ultrapassou as fronteiras da literatura para assumir uma dimensão simbólica ou mesmo mítica. Quando saiu, no início do ano de 1965, há 50 anos, que com esta edição se assinalam, foi também um incisivo retrato de uma «[...] pátria parada / à beira de um rio triste», foi uma bandeira desfraldada e um rastilho de resistência e luta contra a ditadura. Hoje, cerca de quatro décadas depois da profunda mudança da realidade (aparentemente?) na génese da maioria dos seus poemas, e que em parte explica a sua imediata extraordinária repercussão e influência, a Praça da Canção «continua»: sucessivas gerações a leram, ouviram, se calhar cantaram, de certo modo viveram. E isto diz muito, se não tudo.