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Alphonse Allais, como marginal de boas letras, assenta como uma luva (com a medida certa) à colecção Avesso.. Foi preciso que os surrealistas franceses o «descobrissem» (Breton, Cocteau) e, depois, Umberto Eco e outras sumidades, para começar a gozar de uma certa credibilidade literária e ter entrado no Panteão das Letras.
Esqueceram-se os seus contemporâneos e os historiadores da literatura, que este herói dos estudantes e dos boémios do Quartier Latin era um grande escritor que, todos os dias, ajudava a criar o futuro da grande literatura humorística e satírica francesa.
Alphonse Allais (1854 a 1905) foi um jornalista, escritor e humorista francês. Sobre ele, escreveu André Breton: "A sua arte é uma espécie de terrorismo do espírito, que utiliza inúmeros pretextos para pôr em evidência nos homens o conformismo médio desvendando neles o animal social excessivamente limitado". Allais até hoje é lembrado em França como "o príncipe dos humoristas".