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Edição Relógio d’Água de 2006
Tradução directa do russo de António Pescada
Posfácio de Vladimir Nabokov
«Nos capítulos iniciais de Anna Karénina, somos conduzidos, uma e outra vez, a um sentido de analogia musical. Há efeitos de contraponto e harmonia no desenvolvimento das principais tramas do “prelúdio Oblonski” (o acidente na estação ferroviária, a zombadora discussão sobre o divórcio entre Vronski e a baronesa de Chilton, o deslumbramento do fogo vermelho diante dos olhos de Anna).
O método de Tolstoi é polifónico; mas as harmonias principais desenvolvem-se com uma tremenda força e amplitude. As técnicas musicais e linguísticas não podem comparar-se de um modo exacto. Mas como poderíamos elucidar de outro modo o sentimento de que as novelas de Tolstoi surgem de um princípio interior de ordem e vitalidade, enquanto as dos escritores menos importantes parecem alinhavadas?
Anna Karénina morre no mundo do romance; mas cada vez que lemos o livro ela ressuscita, e mesmo depois de o termos acabado adquire outra vida na nossa recordação. Em cada personagem literária existe algo da Fénix imortal. Através das vidas perduráveis das suas personagens, a própria existência de Tolstoi teve a sua eternidade.»
George Steiner