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A arte poética de Bringhurst, cujas grandes fontes de inspiração vão do paganismo grego ao zen, com uma especial incidência nas zonas nativas das Américas, não trata preferentemente daquilo que é humano; pelo contrário, em boa medida constitui uma poesia do mundo não-humano desse calado e misterioso universo que sob os nossos pés e acima dos nossos crânios grita.
Robert Bringhurst é uma das vozes mais originais da poesia contemporânea, não só canadiana ou de expressão inglesa. Nasceu em 1946, crescendo itinerantemente ao longo das Montanhas Rochosas, do Utah à Colúmbia Britânica. Viveu no Médio Oriente, na Europa, na América Latina. Lê e traduz mais de uma dezena de línguas mortas e vivas, tendo a sua actividade suscitado um número considerável de prémios literários.
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