Sê o primeiro a adicionar este livro aos favoritos!
Edição Prisa Innova de 2008 (em capa dura com caixa arquivadora)
Traduções de Rui Tavares e José M. Justo
Apresentação de Rui Tavares
Cândido, ou o Optimismo foi pela primeira vez publicado em 1759. Sabendo à partida que o livro seria proibido, Voltaire optou por uma edição clandestina que rapidamente atingiria níveis de vendas extraordinários para a época. Seguir‑se‑iam centenas, senão milhares, de edições ao longo dos séculos XIX e XX.
A presente tradução, a partir de um exemplar da primeira edição guardado na Biblioteca Nacional de França, procura reabilitar o texto na sua versão inicial, preservando as características típicas do discurso de Voltaire nos seus «contos filosóficos»: frescura, liberdade de forma e imaginação. A ideia é que, apesar de traduzido, o leitor possa ler Voltaire e não os seus editores e fixadores de texto dos quase 250 anos que entretanto passaram.
As notas e o posfácio desta edição ajudam a compreender mais profundamente os sentidos e as referências de Cândido, bem como a sua relação com Portugal no tempo do Grande Terramoto.
Tratado Sobre a Tolerância onstitui porventura um dos escritos mais significativos do combate que, sobretudo a partir de finais da década de 50 do século XVIII, Voltaire desenvolve contra o conservadorismo mais radical, o espírito de intolerância religiosa que lhe anda associado e as estruturas judiciais mais arcaicas do Antigo Regime.
Tomando a defesa da família Calas, perseguida com a maior crueldade pelas autoridades de Toulouse, Voltaire empenha-se pessoalmente no processo de revisão da sentença que levara Jean Calas ao patíbulo e acaba por redigir um volume cujo alcance excede em muito as circunstâncias que o motivam.
Clássico da literatura sobre este tema, a par dos escritos de Pierre Bayle e de John Locke, este Tratado Sobre a Tolerância comporta pelo menos um aspecto que o torna actual no nosso tempo: é que o autor dirige o seu combate contra formas concretas de exercício do poder judicial e contra a promiscuidade entre a ideologia e os mecanismos da justiça. Voltaire coloca-nos perante a ideia de tolerância como combate continuado, como conquista infindável, como prática