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Edição Civilização Editora de 2011
Tradução de Miguel Mata
Contrariamente a uma certa ideia geral da Revolução Francesa como um momento súbito de ruptura - e fundador da era moderna - levado a cabo contra um Antigo Regime moribundo e contra uma nobreza enquistada nos seus privilégios, esta obra diz-nos que foi bastante mais do que isso. Descreve-nos um país apesar de tudo vibrante, a passar por uma transformação económica drástica e com diversas dinâmicas locais. Mais do que um acontecimento com o seu epicentro em Paris, imposto a uma França homogénea, Simon Schama mostra-nos que «se verificaram várias revoluções, determinadas amiúde pelas paixões e interesses locais».
Por essa razão o Autor quis escrever sob a forma de narrativa e no formato das crónicas do século XIX, «permitindo a diferentes questões e interesses moldarem o fluxo da história à medida que se fazem sentir, ano após ano, mês após mês». E argumenta, ainda, que «a cultura patriótica de cidadania nasceu nas décadas que se seguiram à Guerra dos Sete Anos e que foi mais uma causa e menos um produto da Revolução Francesa».