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Edição Prisa Innova de 2008 (em capa dura e com caixa arquivadora)
Traduções de João Amado e Miguel Serras Pereira
“Deus existe? - Calculemos!" Este estranho diálogo resume de uma forma lapidar a demanda filosófica de Leibniz. O essencial está aqui contido: a interrogação fundamental sobre a metafísica e o Ser supremo, por um lado; a resposta com uma formulação de álgebra, por outro. Este método baseia-se numa espécie de alfabeto de pensamentos que permite tratar os problemas filosóficos como quem resolve equações matemáticas. Com vinte anos apenas, o jovem génio sonhava já inventar um método universal para a solução racional de todas as questões possíveis e imagináveis. O seu pensamento nunca cessou de girar em torno destes domínios: a teologia, o cálculo matemático e a matemática das configurações.
O "Discurso de Metafísica" (1686) constitui a primeira formulação sintética da futura teoria leibniziana tal como vem delineada na "Monadologia" (1714) e demais obras. Mas impõe-se por si mesma como exemplo admirável de construção filosófica que à máxima brevidade e concisão alia uma densidade impressionante, à economia das proposições e princípios fundamentais associa e empresta um horizonte sem limites, aberto a toda a realidade, material e espiritual, e na consonância (aparente) das suas partes procura traduzir uma harmonia universal transcendente de tom moral (e também estético).
Escrito, em 1714, dois anos antes de sua morte, Princípios da Natureza e da Graça é um resumo sistemático da sua filosofia, onde Heidegger identificou a formulação ideal da questão metafísica. Leibniz oferece uma exposição dedutiva do seu sistema baseado nos princípios que fundamentam a contingência e os fenómenos.
A Monadologia é a obra emblemática de Leibniz, na qual o autor retoma e reformula o núcleo da sua filosofia, na procura de um suplemento de beleza e coerência. Mónada significa unidade de uma multiplicidade infinita de fenómenos que constituem o mundo actual. Assim, cada mónada realiza uma nova possibilidade do mundo comum, regulado pela expressão recíproca de todas as coisas.