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Edição Relógio d’Água de 2001
Tradução de Elsa Sertório e Margarida Homem de Sousa
Mas se o toxicómano evita a sociedade, não é apenas porque tem inúmeras razões para a temer, mas porque, por natureza, é levado a procurar a solidão; a sua maneira de ser não é de carácter comunicativo, mas antes receptivo. Fica sentado como perante um espelho mágico, imóvel, ensimesmado, e é sempre do seu próprio eu que tira prazer, quer sob a forma de pura euforia, quer sob a de um mundo de imagens inventadas pelo seu ser mais íntimo e que sobre ele refluem. Existem assim lâmpadas cuja luz fluorescente pode transformar uma pedra cinzenta numa pepita de Ouro.