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Georges Bataille nasceu em Billom, Puy-de-Dôme, em 1897, e morreu em Paris, em 1962. Persegue-o, durante toda a sua vida, a busca atormentada de uma verdade uma verdade que seria o ultrapassar de toda a verdade, o tocar o impossivel.
Católico, depois ateu, leitor de Nietzsche, de Hegel e de Marx, Bataille é o autor da desordem, das experiências sufocantes, numa futa contra as convenções. A sua obra é diversa, incluindo ensaios, poemas, romances e novelas,
porém, uma constante a domina: a aproximação de estados-limite: a dor, na sua forma extrema, que é a morte; e o prazer, levado ao paroxismo do sexo. Só através
destes domínios extremos é possível atingir o impossível.
O personagem deste AZUL DO CÉU, obra escrita em 1935, quando a guerra de Espanha se anunciava em Barcelona, consome-se, através do sexo, do álcool, de noites em claro, até raiar a morte. Perde-se, voluntária e sistematicamente, até encontrar uma nova forma de soberania. Até descobrir que, no fundo de cada um de nós, existe, uma fenda, que é a presença sempre latente da nossa própria morte. E o que aparece através da fenda é o azul de um céu cuja profundidade impossível nos chama e nos repele, tão vertiginosamente como a vida chama e repele a morte.